Ação da Defensoria Pública de São Paulo
A Defensoria Pública de São Paulo ingressou com uma ação civil para assegurar reparação a um adolescente negro vítima de discriminação racial no Shopping Pátio Higienópolis, ocorrido em abril. O valor da indenização pedido é de R$ 759 mil por danos morais.
Medidas Propostas
Além da indenização, a Defensoria solicita que o shopping e a empresa terceirizada que empregava a funcionária autora da ofensa providenciem atendimento médico e psicológico gratuitos ao jovem, com um psicólogo com formação antirracista. A Defensoria também considera essencial a oferta de uma bolsa permanente que inclua verba para alimentação, transporte, apoio escolar e atividades esportivas.
Contexto do Caso
O incidente ocorreu quando o adolescente e um colega, também negro, foram abordados de maneira discriminatória por uma funcionária de segurança, que insinuou que os jovens estavam pedindo dinheiro a uma estudante branca. Na data do evento, os rapazes haviam participado de uma atividade escolar que abordava o tema do racismo.
Protesto e Reações
Em resposta ao caso, estudantes e professores do Colégio Equipe realizaram um protesto no shopping uma semana depois da discriminação. As afirmações nos autos da ação ressaltaram que a situação não é um caso isolado, já que a administração do shopping havia recebido recomendações anteriores sobre questões de racismo, mas não tomou as medidas adequadas para abordar a situação.
Implicações do Racismo
De acordo com os defensores, o racismo tem impactos severos na saúde e no bem-estar da população negra, especialmente em crianças e adolescentes expostos a discriminações. Acusar jovens de importunar alguém pela sua cor de pele pode gerar danos emocionais profundos.
Reação do Shopping
O shopping Pátio Higienópolis, vinculado ao Grupo Jereissati, afirmou não ter conhecimento da ação judicial e que se manifestará assim que for notificado formalmente.
Fonte: Agência Brasil